quinta-feira, 23 de julho de 2009

Você é a dor.

Um pássaro grande em uma gaiola pequena

Havia, há muitas léguas daqui, uma pequena casa, rodeada de macieiras e grandes rochas. Certo dia, fui convidado a apreciar uma boa dose de gim nela, por alguém que mal conhecia mas sempre me era cordial.
Ao entrar no casebre, um extenso corredor seguia a minha frente, repleto dos mais diferentes tipos de pássaros. Cada um com uma cor e forma de voar únicos, entretanto, todos calados. A luz do sol que atravessa as janelas refletia nas plumagens das aves, iluminando todas as paredes, feitas de perfumadas e vernizadas faixas de madeira. Entre os ruídos do bater de asas dos animais, uma melodia única se destacava ao final do corredor.
Segui em frente, procurando pelo tal som, atravessando os feixes coloridos das mais diversas cores que cortavam minha visão, como relâmpagos vivos.
Quando cheguei ao final do cômodo, com o dono da casa me esperando, vi logo acima de sua cabeça uma pequena gaiola, estreita e apertada, com um enorme pássaro negro dentro, exaltando a bela canção que eu escutava.
Perguntei ao criador o porquê da ave tão grande estar aprisionada em um globo de arame tão pequeno.
O velho homem riu, ajeitou seus óculos, tomou um gole de seu copo de gim, e esboçando um sincero sorriso me disse: "Abra seus ouvidos e coração. Encontrei este pássaro hoje de manhã, calado e ferido nas proximidades de minha casa. Tratei de todas suas enfermidades e o alimentei, mas percebi que ainda assim não concedia som algum a este mundo. Então, digo-lhe agora que, coloque um grande pássaro em uma pequena gaiola e ele te dará uma canção, pois só é cedido o melhor em momentos como este. Repare que, ao executar sua bela música, o grande pássaro negro fez com que todos os outros se calassem para ouvi-lo. Como agradecimento por esta bela canção, darei a este animal novamente suas asas e a liberdade."
E, ao soltar o animal da pequena gaiola, o velho homem não só devolveu a liberdade ao animal, mas me ensinou que sem dor não há ganho.

Não. Isso não foi uma historinha com moral, tampouco uma tentativa de crônica. Foi apenas uma história que realmente aconteceu. Não necessariamente dessa forma.

LEIA O RESTANTE DO POST

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Podemos construir um novo amanhã hoje.

Glaube, Liebe, Tod.

São só três passos. Será que eu passei do primeiro?
Não seria, por acaso, ao contrário? Seria realmente nesta ordem?
Aliás, existem mesmo? E o que, de verdade, cada um é? Seria algo tocável ou imaginável?
Já sei: são signos abstratos. Ninguém os conheceu verdadeiramente para saber o que são.
Acho que é isso.

LEIA O RESTANTE DO POST