Mente do Mês - Placebo
Não é segredo para ninguém que sempre gostei de Placebo, e sempre fui bem virgi com todos os assuntos que o rodeavam.
Mas, nunca havia me dado conta do porquê de gostar tanto desse bando de bicha.
Bem, no último dia 17 eles tocaram aqui em São Paulo. Eu, como sempre bem escroto, comprei meu ingresso com quase dois meses de antecedência pra garantir minha presença no Credicard Hall. Seria o segundo show do Placebo que assistiria.
No primeiro, em 2007, eu estava no auge da minha escrotice, com tenros 16 anos. Na época, achei algo único na minha vida. Realmente, foi um momento que dividiu minha estúpida adolescência em a.P. e d.P. (antes e depois de Placebo). Mudei muito depois de 27/03/07.
Mas, pensei que dessa vez não seria assim. Afinal, eu havia "amadurecido" muito desde os 16, não seria um show que me mudaria "a essa altura da minha vida".
Aham, senta lá Claudia.
- Idiota.noj1
Na semana do show, a Rolling Stone lançou uma promoção para conhecer o Placebo. Era bem escroto, fazer uma frase dizendo por que eu deveria conhecer as bibas. Mandei: "Acredito que todo ser humano, intrinsecamente, deseja estar próximo a alguém que lhe faça bem. Alguns procuram Jesus, outros procuram um amor. Eu procuro estar próximo do Placebo. Por isso, devo conhecê-los pessoalmente". Ganhei. leona4
Morri de tremedeira. Iria conhecer as fags, e assistiria o show na pista premium. Levei, para deliciar este momento, minha best portadora de melanina, Caroline Feyosa.
Brian realmente é chato. Não que ele tenha sido antipático comigo, - pelo contrário - mas era nítido seu distanciamento com os fãs. Principalmente quando negou um abraço a uma garota dizendo que possuía uma doença contagiosa. Realmente, alguém invejável. Talvez seja difícil entenderem que ele é humano como qualquer outro. Não é um deus, é alguém que se alimenta, anda e fala como todos; que faz coisas brilhantes como qualquer um. O problema é que muitos santificam a fama e passam a adorá-la em todas as suas formas.
Brian escreve as letras da banda. Quando o vi de perto e apertei sua mão, pareceu que podia notar como ele chegou a todos esses pensamentos.
Stefan é tão alto quanto quieto. Apenas um "Hi" enquanto autografava meu CD. Parece que com ele as coisas funcionam mais no olhar e no gestual. Ele é o principal influente nas melodias do Placebo. Dá pra entender porque o vejo como um gênio. Parece ser uma pessoa simpática, mas prefere não mostrar isso, por N motivos. É nítido como ele e Brian são interligados, como são verdadeiras soulmates, fazendo suas funções juntos nesse planeta. Eles agiam juntos, olhavam juntos. Coisadedoido.
Confesso que aloprei loucamente o Steve quando ele foi anunciado como o novo baterista. Estava meio down com a saída do outro Steve, o Hewitt, e quando vi o Forrest pensei: "Maluco, colocaram uma fag de 15 anos na banda."
Não que seja mentira. Mas, ele trouxe uma essência única à música do trio. Única mesmo. Não sei, mas até nas canções tristes se notava alegria. Talvez sua jovialidade (Vó Feelings) traga tudo isso. De todos, ele é o mais simpático. Ele tem quase a minha idade, então a comunicação era mais simples. Lembrarei para sempre de quando ele saiu do camarim, eu que nem um ridículo disse "Hey!" e ele abriu um sorriso hot com muitos e muitos dentes, soltando um outro e mais animado "Hey!"
Bem, virgindades a parte, após tê-los conhecido, o show me pareceu outra coisa. Soou como um novo começo para a minha juventude que eu encarava como perdida. Construi um novo amanhã.
Eu entendi que a música deles é tão intensa quanto um tapa na cara, quanto um abraço ou comer brigadeiro num sábado chuvoso.
Eu achei muito bom essas minas falando no começo.
É possível a música mudar uma pessoa?
Sim, e é por isso que o Placebo é a Mente do Mês!
We can build a new tomorrow today.
P.S.: Fiona é RAINHA!