Espera, já estou chegando...
Me levantei, como de costume. A cama vazia e desarrumada, sala escura e empoeirada, vida perdida e estagnada.
Cortei uma fatia de pão, como de costume. A faca cega e ensanguentada, mesa manca e arranhada, dentro dessa casa suja e desalinhada.
Andei pela rua, como de costume. Um andar rápido e inexpressivo, suor frio e corrosivo, e um moleton velho, porém efetivo.
Fui atropelado, como de costume. Pego ao fim de uma curva, agonizando em uma posição recurva, e agora apenas enxergando uma distante luz turva.
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